sexta-feira, 18 de junho de 2010

Voo para longevidade - parte 2

Acompanhe a parte 2 da nossa série sobre hábitos saudáveis e lembre-se: cuide-se literalmente "de corpo e alma".

4. Adote um animal de estimação

O que histórias como a do cãozinho Marley, a do gato Dewey ou ainda a do Akita, que todo dia esperava o dono na estação, têm em comum? Além de, claro, emocionarem, mostram como a relação dos donos com seus animais de estimação influenciou suas vidas.

Algumas pesquisas têm demonstrado como a companhia desses bichinhos afetam o desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Os primeiros estudos sobre os benefícios da convivência com os animais começaram na década de 1960, nos Estados Unidos, com os psiquiatras Boris Levinson, e Sam e Elizabeth Corson. Eles observaram que os pacientes que recebiam visitas de cachorros, gatos e outros animais tinham um progresso mais rápido na recuperação de doenças.

Estar ao lado desses amiguinhos também ajuda em tratamentos emocionais. Passar algum tempo com eles funciona como uma terapia. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem programas chamados PAT (Pet is a Terapy), em que animais são levados para visitar doentes, pessoas desamparadas, crianças com doenças crônicas e idosos.

A sensação de alegria que os pets transmitem libera endorfina ao cérebro. Esse hormônio é capaz de relaxar o ser humano, colaborar com seu bem-estar, controlar a pressão sanguínea e melhorar o sono. Em relação aos idosos, alguns estudos indicam que o convívio com os animais faz com que a qualidade de vida deles aumente, assim como a sua longevidade. "O simples fato de encostar no cachorro já resulta no relaxamento do corpo", explica o veterinário Daniel Svevo, que é adestrador e consultor da Cão Cidadão.


5. Uma maçã por dia...

Médicos e nutricionistas aconselham comer pelo menos dez porções de frutas, verduras e legumes por dia (no total), para manter a saúde e combater o desgaste celular, que nos faz envelhecer. Na escolha dessas frutas, experimente incluir uma maçã.

Um estudo desenvolvido na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, constatou que a combinação dos nutrientes encontrados na maçã é uma grande fonte de antioxidantes, que combatem os radicais livres, já mencionados nesta reportagem.

Veja bem: o fósforo previne a fadiga mental e contribui para a formação de ossos e dentes, ou seja, ajuda a pessoa a se manter sã e previne doenças como osteoporose; o ferro é fundamental para o sangue, evitando anemias - uma doença fatal para quem já passou de determinada idade; e o potássio é importante para a transmissão nervosa, contração muscular e equilíbrio de fluidos no organismo, ajudando a retardar alguns efeitos do envelhecimento. "A maçã vermelha é rica em licopeno, auxiliando na prevenção do câncer de próstata", explica a nutricionista Aline Salvatti, da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).

Um bom horário para se comê-la é no café da manhã. Qualquer fruta ingerida com o estômago vazio tem seus nutrientes melhor aproveitados pelo organismo. Mesmo assim, coma maçã a qualquer hora do dia. "Ela é rica em fibras e tem muitas vitaminas e minerais. O ideal é comê-la com casca, que é boa para melhorar o funcionamento do intestino", afirma Aline Salvatti.


6. Aprenda a perdoar

Ok, sabemos que isso não é nada fácil, mas é necessário. Longe de ser apenas um discurso sobre fazer o bem, o perdão pode evitar problemas de saúde e trazer mais qualidade de vida. Vários estudos, como um elaborado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, comprovam que remoer mágoas prejudica mais a vítima do que o ofensor.

Segundo um artigo publicado na revista da Escola de Medicina de Harvard, perdoar quem o chateou pode melhorar seu bem-estar físico e emocional. Além disso, os estudos realizados mostraram que o ato reduz o estresse, melhora a saúde do coração, diminui dores crônicas e deixa as pessoas mais felizes. Por outro lado, os indivíduos que não se libertam do rancor são mais propensos a desenvolver males, como enfarte, hipertensão, depressão, dores musculares e até mesmo o câncer. Segundo os pesquisadores, ficar remoendo a mágoa, faz que as pessoas sejam mais estressadas, depressivas, ansiosas e fiquem até mais sensíveis às doenças.

Um estudo que relaciona o perdão com a saúde física, realizado pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, mostrou que aprender a perdoar pode ajudar pessoas de meia-idade a evitar doenças cardíacas. Segundo a psicóloga paulista Rosely Campanini, para chegar ao perdão é necessário primeiro entender o sentimento do outro. "É importante saber o que aconteceu e reconhecer que, assim como o outro tem falhas, você também tem", explica.


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