quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Livro dos Médiuns


O Livro dos Médiuns

Sesquicentenário de sua publicação (Capa)


  O Livro dos Médiuns, ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, segunda obra da Codificação Espírita, foi publicada em 15 de janeiro de 1861, em Paris, e tem como conteúdo doutrinário:

O ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo, constituindo o seguimento de O Livro dos Espíritos.1

É obra destinada a todos os espíritas e estudiosos dos fenômenos produzidos pelos desencarnados, não só para os trabalhadores da mediunidade. Encontramos nela explicações essenciais para a prática espírita equilibrada; condições seguras favoráveis à manifestação dos Espíritos e as implicações daí decorrentes (dificuldades, empecilhos, equívocos etc.); como obter assistência dos bons Espíritos, recebendo deles boas comunicações; como desenvolver discernimento sobre a influência moral e do meio nas comunicações; saber avaliar as mensagens mediúnicas e a sua procedência, utilizando, entre outros, o critério da linguagem usada pelo comunicante, identificando-o acertadamente, se for o caso, sobretudo se o seu nome faz vinculações com personalidade de destaque ou conhecida; entender os mecanismos da obsessão, suas características, graus, tipos e formas de prevenção; orientar-se quanto à organização das sociedades espíritas, em geral, e dos grupos mediúnicos em particular.

Importa considerar que O Livro dos Médiuns é um desdobramento de trabalho anteriormente escrito por Kardec, conforme nota do atual tradutor das obras do Codificador, publicadas pela FEB:

Cerca de um ano após o lançamento da 1a edição de O Livro dos Espíritos, cujo sucesso surpreendeu o próprio Allan Kardec, julgou este por bem editar uma espécie de manual essencialmente prático, que contemplasse a exposição completa das condições necessárias para a comunicação com os Espíritos e os meios de desenvolver a faculdade mediúnica.

Essa providência revelou-se de suma importância, porque apontava um rumo, uma direção segura a quantos quisessem familiarizar-se com os mecanismos que possibilitam o intercâmbio espiritual entre os dois planos da vida, uma espécie de vade-mécum destinado a orientar corretamente as pessoas que, com a sistematização do Espiritismo em corpo de doutrina, passaram a interessar-se pelos fenômenos mediúnicos.

Deu-lhe o Codificador da Doutrina o título de Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas. [...]

Não obstante o papel inestimável que esse livro desempenhou nos primórdios da Codificação Espírita, Allan Kardec avisou aos leitores da Revista Espírita (agosto de 1860) que aquela obra estava inteiramente esgotada e não seria reimpressa. Novo trabalho, muito mais completo e que seguiria outro plano, viria substituí-la dentro de pouco tempo. Foi a primeira referência ao lançamento de O Livro dos Médiuns, publicado em 1861.2

Organização de O Livro dos Médiuns

Introdução: Kardec fornece explicações relativas à natureza da obra e às condições sérias de realização da reunião mediúnica. Ensina que, a despeito da faculdade
mediúnica ser inerente ao ser humano, o desenvolvimento da mediunidade depende do esforço do médium em querer se transformar em legítimo instrumento de comunicação entre os dois planos da vida e da possibilidade dos Espíritos poderem manifestar-se.

Primeira Parte – Noções Preliminares: organizada em quatro capítulos (Há espíritos?; O maravilhoso e o sobrenatural; Método; Sistemas), Kardec analisa questões cruciais relacionadas à prática mediúnica, apresentando lúcidas argumentações sobre o método de investigação utilizado para comprovar os fenômenos mediúnicos, a imortalidade e sobrevivência do Espírito após a morte, o caráter não “miraculoso” ou “sobrenatural” das mensagens espíritas e as condições que justificam as comunicações dos Espíritos.

Segunda Parte –Manifestações Espíritas: composta de 32 capítulos, assim denominados: Ação dos espíritos sobre a matéria; Manifestações físicas. Mesas girantes; Manifestações inteligentes; Teoria das manifestações físicas; Manifestações físicas espontâneas; Manifestações visuais; Bicorporeidade e transfiguração; Laboratório do
mundo invisível; Lugares assombrados; Natureza das comunicações; Sematologia e tiptologia; Pneumatografia ou escrita direta. Pneumatofonia; Psicografia; Médiuns; Médiuns escreventes ou psicógrafos; Médiuns especiais; Formação dos médiuns; Inconvenientes e perigos da mediunidade; O papel dos médiuns nas comunicações espíritas; Influência moral do médium; Influência do meio; Mediunidade nos animais; Obsessão; Identidade dos Espíritos; Evocações; Perguntas que se podem fazer aos Espíritos; Contradições e mistificações; Charlatanismo e embuste; Reuniões e sociedades espíritas; Regulamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; Dissertações espíritas; Vocabulário espírita. Encontramos nessa parte o referencial espírita para a organização e funcionamento do trabalho mediúnico: comunicabilidade dos Espíritos, as relações com os encarnados e as influências, ocultas ou evidentes, boas ou más, sutis ou patentes, por eles exercidas.

Allan Kardec sempre se manteve fiel (e coerente) aos ensinos transmitidos pelos Espíritos orientadores da Humanidade, retirando de O Livro dos Espíritos os subsídios
necessários para a construção das demais obras de sua autoria. Desenvolveu, para tanto, metodologia adequada de investigação e análise, evitando premissas falsas e conclusões equivocadas. Neste contexto, concluiu que a Doutrina Espírita apresenta dois grandes fundamentos, que não devem ser ignorados pelo adepto: o esclarecimento doutrinário, obtido pelo estudo regular, e a melhoria moral, adquirida pelo combate às imperfeições:

Dissemos que o Espiritismo é toda uma ciência, toda uma filosofia. Portanto, quem quiser conhecê-lo seriamente deve, como primeira condição, dispor-se a um estudo sério e convencer-se de que ele não pode, como nenhuma outra ciência, ser aprendido como se estivéssemos brincando. [...]3

Afirma, também, em outro momento:

[...] O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem. Há corações aflitos a aliviar, consolações a dispensar, desesperos a acalmar, reformas morais a operar. Essa é a sua missão e aí ele encontrará a verdadeira satisfação. [...]4

Um ponto muito importante, entre tantos veiculados pela obra, e que traça diretrizes para a correta prática mediúnica, é a desmistificação dos conceitos de médium – pessoa que veicula ideias, vontades e sentimentos dos Espíritos comunicantes – e de mediunidade – faculdade inerente ao psiquismo humano, independentemente do patamar evolutivo do medianeiro. Em consequência, Kardec e os Espíritos orientadores preferem considerar os médiuns intérpretes, que podem ser bons ou ruins, dando preferência
àqueles que não interferem nas ideias transmitidas pelos Espíritos, os quais “[...] procuram o intérprete que mais simpatize com eles e que exprima com mais exatidão os seus pensamentos. [...]”.5
Fonte: site da Revista Reformador online (http://febnet.org.br)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Deus criou o Homem totalmente saudável


Se  você  sempre  amar, agradecer  e  com  alegria  se  dedicar  a  tarefas  em  benefício  dos  outros, doença  alguma  poderá  te  atingir;  e  se  já  estiver  doente, a  cura  será  rápida.

      As  condições  de  saúde  do  corpo  carnal  são  extremamente  sensíveis  ao  pensamento  e  à  influência  da  palavra. Se  o  médico  disser  a  um  paciente  que  a  sua  enfermidade  é  grave, este  terá  seu  estado  de  saúde  prejudicado. Porém, se  o  médico  disser  que  o  paciente  não  precisa  se  preocupar  e  que  logo  ficará  curado, seu  estado  de  saúde  melhorará.

      Quando  não  existe  mágoa, tristeza  ou  insatisfação  na  mente, e  ela  está  harmoniosa, pacífica, cheia  de  amor  e  gratidão, consegue-se  o  equilíbrio  hormonal, o  sangue  se  purifica, as  diversas  funções  fisiológicas, tais  como  digestão, absorção, assimilação, circulação  sangüínea, excreção, etc, processam-se  em  perfeitas  condições, e  a  saúde  será  mantida.

      Os  médicos  não  devem  apenas  ministrar  bons  remédios, mas  também  sugestionar  seus  pacientes  com  palavras  otimistas.

      O  amor  e  a  gratidão  são  os  sentimentos  que  melhor  captam  as  vibrações  curativas  e  saudáveis  do  Universo. Agradeça  a  todas  as  coisas, a  todas  as  pessoas  e  a  todos  os  fatos...

      A  doença  desaparecerá  quando  você  parar  de  alimentá-la  com  o  seu  pensamento  negativo!

      O  meio  mais  rápido  para  tornar-se  saudável  é  praticar  o  amor  e  a  caridade. Temos  que  ajudar  as  pessoas, dedicando-nos  ao  bem  coletivo. De  nada  adianta  ter  pensamento  positivo  sem  amar  o  próximo. Amar  é  fazer  algo  concreto  que  dê  alegria  e  bem-estar  ao  maior  número  possível  de  pessoas. Nem  que  seja  uma  coisa  muito  simples  e  pequena, se  for  trazer  felicidade  aos  outros  devemos  praticar  sem  falta.

Texto de Elvio Nigro Jr., com base em publicações Seicho-No-Ie.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Visita à Federação Espírita Brasileira (FEB) em Brasília

Em Dezembro de 2010 - Alberto, Zilá e Ludmyla - do Grupo de Amigos Espíritas PÃO DA CARIDADE de Planura - MG - estiveram em Brasília visitando a Federação Espírita Brasileira. Local belíssimo, espaçoso e com jardins inesquecíveis.
Fotos no link abaixo:

FEB dez2010

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Carta de Ano Novo



Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão. 

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir. 

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação. 

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente. 

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir. 

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido. 

Novo Ano! Novo Dia! 

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora. 

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino. 

Não maldigas, nem condenes. 

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão. 

Não te desanimes, nem te desconsoles. 

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença. 

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - 

Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração. 


Livro Vida e Caminho. Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier.