terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Carta de Ano Novo



Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: -

Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.


Texto de Emmanuel, Livro Vida e Caminho. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

sábado, 26 de dezembro de 2009

O Nascimento de Jesus



Segundo narra o evangelista Lucas (capitulo II), Augusto César imperador romano, decretou um recenseamento na Palestina, sob a orientação de Quirino, governador da Síria.

O principal objetivo, óbvio, era fiscal.

Roma, a grande senhora que dominava o Mundo, desejava saber quantos potenciais pagadores de impostos sustentavam a riqueza e a boa vida de sua aristocracia.

Os judeus deveriam ser recenseados em sua cidade de origem, o que provocou invulgar movimento nas estradas e nas cidades.

José, que morava com Maria em Nazaré, era natural de Belém. Viu-se, portanto, na contingência de uma viagem que demandava perto de cinco dias.

A estalagem, previsivelmente, estava lotada.

O casal acomodou-se num estábulo, provavelmente na periferia. A tradição fixou o local como uma gruta e inseriu um boi e um asno, não presentes no relato de Lucas, que é extremamente lacônico.

Informa o evangelista, com absoluta economia de palavras, no versículo 7:

...e teve um filho primogênito, e o enfaixou e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Quanto ao mais, funcionou a imaginação.

Envolver a criança em faixas era um costume hebreu que tinha por objetivo não apenas aquecer a criança, mas também limitar seus movimentos.

Acreditava-se que isso garantiria braços e pernas fortes e sem problemas.

Nesse ínterim, pastores que cuidavam de seus rebanhos, nas cercanias de Belém, foram visitados por um anjo. Este os informou de que o emissário divino, aguardado com grande expectativa pelo povo judeu, chegara finalmente. Haveriam de encontrá-lo numa manjedoura, envolto em panos.

Outros anjos apareceram e, num coro celestial, entoaram, em glorioso cântico, a proclamação:

Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade.

Pouco depois, os pastores encontraram Jesus como fora indicado, e lhe renderam homenagens.

Temos aqui, caro leitor, em breves palavras, o nascimento de Jesus, comemorado festivamente em 25 de dezembro, data magna do Cristianismo, o acontecimento mais marcante da História.

No Natal, que significa nascimento, há um clima de esperança e fraternidade nas comunidades cristãs.

Jesus parece mais próximo dos homens.

O correto seria dizer que estamos mais perto dele, ante a mística natalina, a exortar a boa vontade, a vontade de ser bom.

A narrativa atribuída a Lucas é bela e poética, mas a exegese bíblica sugere que não guarda fidelidade aos fatos.

Começa com o recenseamento.

É estranho que os habitantes da Palestina, perto de um milhão de judeus, se submetessem ao censo na cidade de seu nascimento. Por que na localidade onde residiam, como manda a boa lógica? Dá para imaginar a confusão resultante, absolutamente desnecessária.

Muitos exegetas afirmam que Jesus nasceu em Nazaré.

A narrativa introduzida no Evangelho de Lucas teria por objetivo dar cumprimento a antiga profecia judaica, segundo a qual o enviado divino nasceria em Belém. Daí a suposta viagem no controvertido censo.

Jesus foi tão importante para a História, que a dividiu em duas épocas. Antes e depois dele. Por isso contamos os anos a partir de seu nascimento, nos dois sentidos do tempo linear.

Augusto César, por exemplo, nasceu no ano 63 a.C. (antes de Cristo), e morreu em 14 d.C. (depois de Cristo). Usa-se, também, no segundo caso, a abreviatura a.D. do latim anno Domini (no ano do Senhor).

Essa mudança ocorreu no século VI, a partir dos cálculos efetuados por Dionísio, um monge e escritor cristão que, em face das limitações de seu tempo, errou em alguns anos. Sabemos hoje que Jesus nasceu aproximadamente quatro a seis anos antes da data fixada.

Assim, neste ano de 1997, em que registro estas anotações, estaríamos entre 2001 e 2003.

O suposto juízo final, se levarmos em consideração intérpretes bíblicos que o fixaram no ano 2000, está se atrasando.

Admitindo essa previsão podemos dizer que Deus é brasileiro mesmo, como se propala em nosso país, pelo menos no que diz respeito à nossa tradicional impontualidade.

Desconhece-se o dia exato do nascimento de Jesus.

No século IV as autoridades religiosas optaram por 25 de dezembro, que marcava o início das festas populares da primavera, a suceder o inverno. Era a vida recomeçando após a morte simbolizada pelos meses frios.

Considerava-se o nascimento de Jesus o marco do renascimento espiritual da Humanidade, assim como o dia sucede a noite e a vida sucede a morte.

As dúvidas que envolvem o natalício do Senhor, longe de tirarem o brilho e a beleza do Evangelho, apenas demonstram que não devemos nos deter em detalhes dispensáveis.

Centralizemos nossa atenção no que há de relevante em seu nascimento, destacando o objetivo de sua missão.

Ele veio ensinar como construir o Reino Divino, a partir do alicerce fundamental – o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Em boa lógica, sob o ponto de vista humano, Jesus deveria ter nascido filho do imperador romano.

Assim desfrutaria do necessário poder para o desempenho da grandiosa missão, impondo sua mensagem aos homens. As legiões romanas seriam a garantia do cumprimento de suas determinações.

Nada disso aconteceu.

Jesus preferiu nascer numa das mais obscuras províncias do império, longe do poder, filho de humilde carpinteiro.

Situou-se tão longe de Roma, palco dos acontecimentos marcantes da época, que a História praticamente o ignorou.

Por que semelhante escolha?

Para entender isso, consideremos o fato fundamental que distingue Jesus dos líderes religiosos em geral:

Ele foi o único que, em todas as circunstâncias, exemplificou sua mensagem.

Viveu seus ensinamentos.

Contemplamos assombrados, na vida dos grandes líderes religiosos, fundadores de religiões, flagrantes contradições entre o que pregavam e a realidade de seu dia-a-dia.

A mensagem que traziam parecia maior que eles, incapazes de superar as limitações de seu tempo. Pesava em seus ombros.

Com Jesus foi diferente.

Ele foi tão grande quanto sua mensagem e a vivenciou inteiramente.

Ensinava que os homens são todos irmãos, filhos do mesmo Deus, pai de amor e misericórdia. Por isso não discriminava ninguém, nem recusava a convivência com a chamada gente de má vida, proclamando que os sãos não precisam de médico.

Ensinava que devemos fazer ao próximo o bem que gostaríamos nos fosse feito, e passou seu apostolado a atender necessitados de todos os matizes, curando enfermos do corpo e da alma.

Ensinava que devemos perdoar não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete, sempre, e jamais asilou ressentimentos ou mágoas, mesmo contra os piores adversários. Culminou por perdoar seus algozes na cruz.

E ao retornar à convivência dos discípulos, na gloriosa materialização, longe de admoestá-los por tê-lo abandonado no momento extremo, simplesmente os saudou com o carinho de sempre – a paz esteja convosco, convocando-os depois à gloriosa disseminação de seus princípios.

Empenhado em demonstrar, desde o primeiro momento, que o caminho para Deus passa pelo despojamento dos interesses humanos, das ambições, do comprometimento com o poder e com a riqueza, preferiu nascer filho de um humilde carpinteiro, no seio de um povo sem expressão no contexto de Roma.

Exemplificava, assim, uma lição ainda não assimilada pela Humanidade:

O valor de um homem não pode ser medido por sua origem, por sua profissão, pelo dinheiro, pela posição social, pelo poder que acumula, mas pelo seu empenho em contribuir para a harmonia e o bem-estar da sociedade em que vive, seja ele o presidente da república ou o mais humilde trabalhado braçal.

Por isso, em qualquer tempo, sempre que nos detivermos na apreciação do nascimento de Jesus, não importa saber se as informações de Lucas são rigorosamente exatas; se Jesus nasceu em Belém ou Nazaré; se foi no ano um, ou antes; se em dezembro ou noutro mês.

Devemos avaliar, isto sim, se já iniciamos uma nova contagem do tempo em nossa vida. Se já podemos comemorar o anno Domini, aquele ano decisivo do nascimento de Jesus em nossos corações.

É fácil saber.

Considerando que sua mensagem sintetiza-se no espírito de serviço em favor do bem comum, basta avaliar quantos de nosso tempo fazemos um tempo de servir.

Fonte: Livro: Paz na Terra, de Richard Simonetti (via site http://www.omensageiro.com.br/artigos/artigo-81.htm)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Trabalho Espírita



Zilá Silva e Oliveira Kandratavicius, neta de João Januário da Silva e Oliveira, Fundador da cidade de Planura - MG - Brasil - tem trabalhado intensamente, no transcorrer dos dias e das noites, solicitando doações de materiais de construção para que seja erguida a SEDE do Grupo de Amigos Espíritas PÃO DA CARIDADE dentro dessa cidade.
*
AMIGOS caridosos, que entendem essa necessidade de existência de mais uma FONTE DE LUZ ESPÍRITA nessa região procuram ajudar fazendo suas doações e, assim, tijolo em tijolo, com a força da Caridade de Espíritas e de queridas pessoas "não espíritas", os muros em torno do terreno estão sendo completados. A SEDE, própriamente dita, vai exigir muito mais tijolo, bloco, cimento, cal, ferragem, etc ... Está na hora de você participar, ajudar, ser um AMIGO trabalhador que deseja a melhoria espiritual e, consequentemente, a melhoria material de todos os irmãos em Cristo. Contamos com você!
*
"Fraternidade, respeito ao semelhante, desinteresse utilitarista, trabalho idealista na vivência do "amai-vos uns aos outros", tolerância e simplicidade de coração, humildade de Espírito, numa palavra, a prática das virtudes evangélicas, eis o que distingue o trabalho espírita e caracteriza a instituição fundada e sustentada sob a inspiração do Espiritismo". - do Livro: ORIENTAÇÃO AO CENTRO ESPÍRITA - Conselho Federativo Nacional - Federação Espírita Brasileira - 6a Edição - Rio de Janeiro - 2004

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A bênção da amizade


Jesus nos confere o título de amigos seus, conforme a passagem evangélica de João, destacada acima, e ensina-nos que a alegria de amar um amigo é uma das formas infinitamente misericordiosas que Deus nos concede para que tenhamos bom ânimo e consigamos enfrentar as tortuosas travessias dos caminhos do mundo material.

Os que são agraciados pela dádiva de receberem o carinho fraterno de almas irmãs não se sentem desafortunados, pois estas constituem o alento indispensável e necessário para o enfrentamento das experiências terrenas a cada oportunidade de reencarnação. Assegura o Espírito Emmanuel:

[...] Nos trâmites da Terra, a amizade leal é a mais formosa modalidade do amor fraterno, que santifica os impulsos do coração nas lutas mais dolorosas e inquietantes da existência. (livro "O Consolador", de Chico Xavier e Emmanuel)

Os amigos são, geralmente, afáveis, amistosos, benignos, cordiais, conciliadores e francos, e manifestam suas preocupações e cuidados, sobretudo nos dias espinhosos que enfrentamos e que se transformam em experiências difíceis de suportar.

Os amigos leais consideram nossa amizade algo especial e indispensável em suas vidas. O tema permite reflexionar, essencialmente, sobre o concurso da amizade para alcançarmos êxito em nossas tarefas espíritas.

De que forma o verdadeiro sentimento da amizade nos encoraja no cumprimento dos deveres cristãos nas instituições espíritas onde labutamos?

Trabalhadores reencarnados, dedicados e fraternos, ajudam-nos no desempenho do serviço a executar. Nesses momentos, ao lado deles, singular alegria invade o nosso coração e motiva-nos a atender, de boa vontade, aos compromissos que assumimos em favor do próximo.

É importante salientar a bênção da franca amizade, mormente daqueles que se aproximam de nós, apoiando-nos na realização das responsabilidades que granjeamos, como tarefeiros de Jesus, cujo salário é igual para todos os servidores.
Por esse motivo, alertam os benfeitores espirituais: é urgente nos tornarmos companheiros uns dos outros, para que não venhamos a “[...] prescindir da cooperação de amigos sinceros que nos conheçam e nos amem” (livro "Entre a terra e o céu", de Chico Xavier e André Luiz).

O Ministro Clarêncio – abnegado servidor da colônia espiritual Nosso Lar –, em resposta sobre o assunto, aos Espíritos Hilário e André Luiz, esclarece:
[...] a plantação de simpatia é fator decisivo na obtenção dos recursos de que necessitamos... Quem cultiva a amizade somente na família consanguínea, dificilmente encontra meios para desempenhar certas missões fora dela. Quanto mais extenso o nosso raio de trabalho e de amor, mais ampla se faz a colaboração alheia em nosso benefício.

Devemos, pois, apreciar a afeição dos companheiros de tarefa, amando-os fraternalmente na Casa Espírita. Cada um “[...] no lugar que lhe é próprio, persevera no aproveitamento das possibilidades que recebeu da Providência Divina, atencioso para com as lições da verdade e aplicado às boas obras de que se sente encarregado pelos Poderes Superiores da Terra” (livro "Fonte viva", de Chico Xavier e Emmanuel).

Todavia, nem sempre sabemos retribuir o amor sincero que essas almas nos ofertam. Pelas razões mais simples, colocamo-nos contra elas, alimentando a discórdia com censuras, rixas, melindres, ciúmes e ressentimentos, e nos influenciamos por sentimentos menos nobres, não conseguindo aceitar divergências no terreno da exigência individual.

Esquecemo-nos das atenções e gentilezas demonstradas por esses cooperadores, desistindo de estimulá-los no cultivo da boa amizade recíproca, que torna mais prazerosa a tarefa, não lhes possibilitando enriquecer suas qualidades de colaboração.

Conhecedor dos inúmeros obstáculos e vicissitudes a enfrentar, por aqueles que se devotam aos semelhantes, Allan Kardec inseriu, no capítulo XX de O Evangelho segundo o Espiritismo, a mensagem de autoria do Espírito de Verdade, “Os obreiros do Senhor”, que chama a atenção de todos os espíritas para que não olvidem as oportunidades do serviço de cada dia, trabalhando “com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!”.

Ressalta, apropriadamente, em um de seus trechos:

[...] Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “ Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”. Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! [...]

O Espírito André Luiz evidencia, em um de seus livros, a conversa mantida com o assistente Tobias sobre a fragilidade dos aprendizes que não valorizam as oportunidades do serviço maior ao estagiarem no corpo de carne:

[...] Saem [da Espiritualidade] milhares de mensageiros aptos para o serviço, mas são muito raros os que triunfam. Alguns conseguem execução parcial da tarefa, outros muitos fracassam de todo. [...] São muito escassos os servidores que toleram as dificuldades e reveses das linhas de frente. Esmagadora percentagem permanece a distância do fogo forte. Trabalhadores sem conta recuam quando a tarefa abre oportunidades mais valiosas (livro "Entre a terra e o céu", de Chico Xavier e André Luiz).

Sobre o problema, é possível considerar, por parte desses trabalhadores, a ausência da noção de responsabilidade do dever a cumprir.

Contudo, por não sabermos ser benevolentes, indulgentes e condescendentes para com aqueles que conhecemos no meio espírita, certamente contribuímos para o fracasso de alguns confrades que abandonam as equipes de ações espíritas.

A caridade e a fraternidade agregam todas as condições e todos os deveres sociais, mas são incompatíveis com o orgulho e o egoísmo, que serão sempre os aniquiladores de nossas melhores intenções.

O amor deve ser a base de nossa disposição para agir em benefício da Doutrina Espírita, conforme preconiza a mensagem do Espírito de Verdade, no capítulo VI de O Evangelho segundo o Espiritismo – “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”, sem esquecer que é amigo de Jesus todo aquele que pratica seus ensinamentos, pois a Doutrina do Mestre é a expressão mais completa da caridade e resume todos os deveres do homem para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo.

Texto de Clara Lila Gonzalez de Araújo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Leva de filmes sobre Chico Xavier estreia em 2010

Recebemos um e-mail informativo de Honório Hernandez, de Barretos (SP), com notícias sobre o Espiritismo na mídia. Acompanhe!

O espiritismo não estará forte apenas no teatro em 2010. A temporada de filmes no chamado 'meio transcendental' terá grandes produções e elenco de renome. "Chico Xavier", dirigido por Daniel Filho e com Nelson Xavier como Chico, é o mais aguardado. Estão previstos ainda "Nosso Lar", dirigido por Wagner Assis; "As Mães de Chico", por Glauber Filho; "E a Vida Continua", de Paulo Figueiredo; e o documentário "As Cartas", de Cristiana Grumbach."Chico Xavier" entra em cartaz em 2 de abril, data em que o médium faria 100 anos. Produzido pela Globo Filmes, o longa descreve a trajetória do mineiro da cidade de Pedro Leopoldo que, em seus 92 anos, psicografou 419 livros. O elenco terá ainda Paulo Goulart, Christiane Torloni e Tony Ramos. "Faço parte da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas há 40 anos. Para mim, é um prazer estar neste filme", diz Goulart.
"Nosso Lar", obra psicografada por Chico Xavier que já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares, foi adaptada para as telas pelo cineasta Wagner Assis, da produtora Cinética Filmes. O longa mostra os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, em outro 'plano espiritual'. A produção também será lançada no aniversário de Chico Xavier. Chico Xavier psicografou também "E a Vida Continua", do mesmo espírito André Luiz. A obra será outra a ganhar as telas em 2010, com direção do ator Paulo Figueiredo.
Já em "As Cartas", a diretora Cristiana Grumbach focou nas mensagens de Xavier. A produção estreia nos primeiros meses de 2010 e reúne relatos de pessoas que receberam textos psicografados pelo médium. "Durante as filmagens, descobri que a maioria dessas cartas eram de filhos para seus pais." Ainda em fase de criação, "As Mães de Chico" reunirá histórias de mulheres que recebem cartas de filhos mortos.
Para o diretor Glauber Filho, a onda de filmes com temas espíritas é uma consequência do sucesso de "Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito" (2008), obra que leva sua assinatura. "Começamos com um documentário, depois nasceu a ficção. Foi uma grande surpresa, conquistamos 503 mil espectadores em 27 semanas. Isso com um orçamento de R$ 2,7 milhões." No próximo mês, Filho lança em DVD o documentário "Bezerra de Menezes - O Médico dos Pobres", complementando a ficção. As informações são do Jornal da Tarde.